terça-feira, 8 de setembro de 2009

Vida

(Já cá não escrevo há algum tempo...vou tentar recuperar sim? (; )

(Post escrito a buee mas nunca publiquei, como podem ver na data da publicação do post :P )

Árvores

Somos todos como árvores. Vivemos, morremos e todos compômos um grande grupo que colectivamente podemos chamar de floresta servindo apenas para encurtar toda a magia que se passa individualmente por cada ser que a compõe.

Mas mais importante...somos todos diferentes.

Para o bem e para o mal.

E falando além de todos aqueles aspectos superficiais que nos diferenciam e identificam, existe aquele que permanece constantemente sub-entendido.

São todos aqueles momentos vividos, aquelas brisas, sensações, olhares e palavras que nos sobressai da multidão.

Pois é a vida que abraçamos que nos faz quebrar as regras e dizer: "eu nao sou como tu!"

E é mais que prazer, o dever de nao nos deixar seguir o mar já navegado.

Não te deixes colectivizar.

Sobressai-te.

***
Estrelas

Somos ambiciosos por natureza.

Mesmo quando uma estrela já brilha, desejamos logo uma constelação.

Acabamos por ter todo um céu estrelado.

E como a simples felicidade de olhar de cima nunca pára, decidimos apontar para o céu e dizer: "quero que aquela estrela, a mais brilhante, seja minha!"

"Brilha brilha minha estrelinha"

Mas depois quando somos ofuscados por uma luz que não a nossa, e nos atrai mais que esta, percebemos então que não apontámos bem...

E daí apercebemo-nos que a escolha correcta é meramente utópica.

Basicamente, vivemos a vida à volta de escohas.

Mas nem todas são conscientes...

Algumas são sentidas num sítio onde pensar já é demais.

Vivemos, tomando caminhos seguidos apenas pela voz inconsciente e moldável do sentimento.

Voz essa que já não é vivida, muito menos sentida. Voz que foi partida, moldada e reformada.

Frágil como é, basta uma palavra para a fracturar...

***

Saudades

Tanto tempo que passou..

Já não me lembro da tua cara, do teu sorriso, da tua dança.

Os quilómetros continuam a aumentar assim como a minha ansiedade em estar contigo.

Nunca me esquecerei do momento em que levaste contigo aquela tua fotografia da minha parede.

A chuva que escorria da janela do noss..do meu quarto inundava a minha alma.

Não sei o que fazer da vida..

Não sei que caminhos percorrer..

Foste.te embora. Para o bem e para o mal. Foste.

Há que não desistir?

Claro.

Mas é mais difícil..

Já não sei definir sentimento.

Já não sei definir amor.

Já nem sei o que significa viver.

Nada dura para sempre.

Excepto as minhas saudades por ti.

***
Buracos

E assim se compõe uma história. Porque para nos divertirmos basta transcrever o ódio e ver a quem pega.

Porque já não importa para onde vai a pedra, mas com que força bate.

Mesmo assim, com amizades quebradas, sonhos esquecidos, cordas soltas, mãos afastadas e luzes por acinder acabamos sempre por arranjar um pequeno buraco, por onde nos esgueiramos e fugimos ao ódio de cada dia.

E acabamos por contar as árvores da floresta, os sentimentos e as estrelas do céu e contentamo-nos com o que temos.

Amizades que se acabaram por fortalecer, sonhos que se ergueram, cordas que se ataram, mãos dadas, luzes acendidas e músicas que que nos atravessam a mente são o pão de cada dia, e não precisamos de mais.

Por isso sabemos sempre que é apenas necessário não baixar a guarda e mantermo-nos firmes para o que aí vem, ou que já veio mas nunca esquecemos.

E no meio de isto tudo, ainda um espacinho para assuntos mais importantes como Ele.

Enfim..

É a vida..!

***

9.Nov.09

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Açores 09

1ª Máquina Fotográfica























C 2009 | All pictures by Luís Ogando C. |All rights reserved, Açores 09


sexta-feira, 24 de julho de 2009

Utopia

Dizes que não queres estragar nada.

Esta obra, escondida de ventos e marés, brilhante, feliz, inabalável, indiscutível acabou por ser deitada abaixo pelo próprio escultor.

Nunca estás contente.

Nunca são boas suficientes.

Uma obra inigualável, “Sin Cera”, profunda, respeitosa.

Perfeita.

Um perfeccionista sabe que a perfeição é inalcançável.

Por isso, contenta-se com o que sente, e não com o que pensa.

A lógica não ganha sempre.

Não tentes nadar em águas mais profundas. A pérola

é uma mera esperança do que poderia acontecer, não do que vai acontecer.

Só te resta a esperança, tal feito, tal obra não existe.

Talvez mais tarde. Por enquanto é apenas imaginável.

Obra mera utópica.

Vives esperançosamente.

Vives em busca da perfeição.

Vives utopicamente.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Máscara

Nunca sabes o que fazer.

Nunca ninguém sabe ao certo.

Escondemo-nos todos desses ventos, de maneira a que a nossa figura não seja tocada.

Mas depois ficamos presos nas tempestades.

Pomos todos uma máscara, para afastar quaisquer sinais de ódio, fraqueza, inveja.

Imperfeições.

Vestimos todos um ideal.

Um ideal que nos esconde, que mostra sempre a mesma face da lua e nunca a que ainda está por descobrir.

Nunca mostra o lado da tela por pintar.

Serve apenas para nos esconder de uma proximidade desconfortável.

Mas á medida que colocamos cada vez mais essa máscara, esse ideal, acabamos por nos tornar cada vez mais dependentes dele(a).

Acabamos por não querer tirar a máscara.

E é então que tudo se torna mais do que devia.

A máscara já não nos esconde.

A máscara já não serve como desculpa.

A máscara define-nos.

Sobrepõe-nos

Abafa-nos.

Paramos de ser quem somos a partir do momento em que nos escondemos.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Blue Tree

*You're like a tree*

Era uma árvore.

Vivia numa floresta, onde todas as árvores eram as mais belas.

***

Todas brilhavam radiantemente á luz do sol, todas tinham os seus frutos característicos.

Todas tinham as suas flores.

Os troncos das árvores, aguentavam o peso de
toda a árvore.

Emaniam outros ramos, pequenas esperanças, que se envolviam no verde das copas.

As copas, majestosas, reflectiam a luz do radiante sol, e competiam umas com as outras para ver qual era a mais verde.

Pássaros iam e vinham repousar nos ramos mais superiores, e cantavam alegremente.

Alguns faziam o ninho, e assentavam.

Porém, debaixo da terra, onde ninguém pode ver, encontram-se as raízes.

Não se vêem, porém, são a parte mais essencial de toda a árvore.

São capazes de dar o apoio necessário ao tronco para este aguentar com todo o peso da vida da árvore.

Entreajudam-se.

E são estas, que ajudam a reconstituir a árvore se o tronco for cortado.

A floresta era linda.

Todas árvores eram perfeitas.

Todas eram especiais pelo seu número de pássaros, de folhas verdes, da largura do tronco.

Mas lá no meio, existia outra árvore.

***

E era uma árvore.

Vivia numa floresta onde todas as árvores eram as mais belas.

Mas esta era diferente...


Era azul.

*You're like a blue tree*


P*



sexta-feira, 12 de junho de 2009

Marioneta


Achas que sou um boneco.

Achas que me consegues controlar.

Achas que me moldo à tua maneira de ser, ás tuas crenças.

Achas que consegues puxar os fios e controlar-me.

Tentas atrair-me com a tua ideia, a tua mentira.

Tentas afirmar que o meu mundo está todo ao contrário e que o teu é o caminho a seguir.

Chamas ao que tu segues verdade? Chamas justiça?

Achas que o facto de eu só lutar para atingir os meus objectivos seja hipócrita?

Talvez isso sejas tu. Não lutas pelo que queres, e usas sempre a mesma desculpa.

Ainda me culpas e questionas-me? Ainda te ris da maneira de como eu e todos somos?

Sim, pedi-te ajuda...mas não dessa maneira.

Talvez tenhas sido capaz de ter preenchido um capítulo do livro, mas não mudas-te a capa.

Não, não vou mudar o que sinto. Pelo menos não desta maneira.

Posso estar enganado? Claro, aposto que até redondamente.

"Mas porquê?" - perguntas-te -"Porque é que fazes isso mesmo que não acredites?"

Também não sei. Mas isso não muda nada.

Achas que sou uma árvore sem raiz, uma guitarra sem cordas, com uma vivença sem qualquer tipo de fundamento.

Mas olha para mim. Não sou uma marioneta. Não tenho fios. Ou pelo menos, se os tiver, não és tu que os deténs.

Fecham-se as cortinas. As marionetas saem do palco. Os mestres mostram-se pela primeira vez.

Mas então faço-te a mesma pergunta que me fazes: Se eles acreditam que as marionetas não são humanas, porque é que eles continuam a controla-las espectáculo após espectáculo?

Eu tenho as minhas crenças tu tens as tuas. Gostava que respeitasses isso.

Não sou um boneco.

Não me consegues controlar.

Não tenho fios.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

*Jogo*


"Paciência, arriscaria, esperaria o tempo que fosse preciso"

***

Ainda me impedia de dar o próximo passo, de arriscar todo o passado, presente, e futuro da minha vida. Não sabia ao certo o que fazer.

Claro que não demorei muito tempo a decidir-me. Chamem-lhe epifania, irresponsabilidade, ou simplesmente adrenalina. O certo é que a conversa da Fé ajudou-me a dar o próximo passo.

Por isso, dei-o.

Foi o primeiro passo que dei naquele pseudo-jogo em que tinha a certeza do que me esperava a seguir.

Seria? Bom, de qualquer maneira, umas boas surpresas não fariam mal a ninguém.

O meu pé flutuava em direcção ao segundo degrau, devagar. De certa maneira, estava a pensar mais que duas vezes.


Repousei o pé no segundo degrau. Uma luz incadescente ofuscou-me os olhos. Assim que os voltei a abrir, já não estava no mesmo sítio...outra vez.

Morri. Não sei como nem sei porquê nem todas as outras perguntas obvias, mas o certo é que encontrava-me no lugar mais belo que eu já me encontrara. As árvores verdes e jovens sacudiam as folhas ao sabor do vento acalmante, de querer respirar mais do que conseguimos, sobre o prado verde claro, rasgado pelas mais belas espécies de plantas, flores. As árvores albergavam frutos perfeitos que reflectiam a luz do sol, que descansava sobre o céu mais imaculado que sentira. Maçãs vermelhas e límpidas salientavam-se na nossa visão atrás do verde perfeito que eram as copas das árvores. As colinas eram de ligeira inclinação, e grandes rochas descansavam sobre estas. Rochas estas, perfeitamente desenhadas, quer fosse quadradas ou esféricas, alinhavam-se perfeitamente com o resto da visão. Os animais eram sobretudo pássaros, cantadores, que antavam uma melodia inimaginável. Estavam felizes.

Descansava...em paz.

Ainda, continuava com a mesma sensação de Déjà-Vú do que no meu primeiro "incidente". Mais uma vez, decidi ignorar.

Era Inverno, e o Sol batia na minha cara com tanta pureza que me fazia sentir a Primavera.

Por mais estúpido que possa parecer, tentava encontrar S.Pedro, e a perguntar-me: se realmente morrera, e aquilo era realmente o céu onde estavam as portas? Ridicularizava-me com aquela pergunta. 

Foi aí que me ví. A andar, pacificamente, de bicicleta sobre o perfeito mundo.

Estonteado, perguntava-me vezes sem conta quando é que eu estive naquele lugar a que posso chamar de paraíso, pois estava consciente que nunca estivera alí.. A verdade, é que nunca estivera alí. Lembro-me apenas de estar a contar as estrelas no céu, e de adormecer. Depois disso...sonhei.

Aí estava a razão pela qual eu me lembrava do mesmo prado, das mesmas rochas, do mesmo sol...já tinha sonhado com a perfeição.

Mas se eu me lembrava bem, o sonho não acabava propriamente de uma maneira feliz...

Lembro-me pelo menos de a continuação deste "paraíso" ter uma "descida súbita em direcção ao mar".

E de que não faltava muito tempo até isso acontecer.

Tentei fazer o que podia, lembrando-me de que não podia interferir directamente. Não parava de me perguntar porque raio é que Ele tinha de inventar a regra mais inútil...

"No entanto, não podes interferir directamente "contigo". Apenas te podes sussurar, tentar indicar o caminho correcto"

Disse-me tudo o que sabia que poderia fazer efeito, mas o eu pequeno não parava. Já conseguia avistar a falésia ao fundo, mas parecia que o rapazinho nem sequer se entretinha a olhar para onde vai.

Foi então aí que o tempo parou, imobilizou. Até o pequeno parou, mas eu continuava em liberdade corporal. 

-Então, precisas de uma mãozinha ou achas que te consegues safar? - era esta voz que me faltava. Tinha que ser esta voz, a mesma que me impulsionou a começar sequer esta "mudança de vida", que me vinha perguntar se precisava de uma "mãozinha" para apenas com palavras me impedir de cair num penhasco. Ele encontrava-se inicialmente sentado em cima de uma das rochas, e quando perguntou se me conseguia "safar", desceu ao nível dos meu olhos.

-Bom...para ser sincero acho que nunca vou deixar de precisar dela. - e olhei-Lhe pelo sombrolho...arrependido -  Mas para ser mais concreto, o que é que eu posso fazer para este rapaz ás direitas não ficar aos oitos? Desculpe dizer-Lhe, mas as palavras nem sempre resolvem tudo... pelo menos comigo.

-Infelizmente não. As palavras nem sempre resolvem tudo, e se não forem ditas correctamente até podem piorar. Hoje em dia as pessoas têm cada vez mais fechado o seu pequeno mundo de ignorância e pecado a uma pequena caixinha que só se abre com acções concretas...já não se fala bem, de amizade e amor como antigamente Já não existem esses valores na maioria das pessoas. Mas isso não quer dizer que nunca devas tentar de falar antes de agir! Mesmo assim, há certas ocasiões em que deves reagir...fisicamente.

-Isso possibilita-me de reagir fisicamente?

-Claro que sim. Mas como tu dever achar, eu tenho obviamente de te impor mais uma regra em contrapartida...senão, isto parava de ser constructivo para ti. Já para não falar que perdia toda a piada. - E piscou-me o olho enquanto soltava um riso abafado.

-Pois, já devia ter adivinhado...o que tenho de fazer desta vez, interferir só ao pé coxinho? - o meu ar de sarcasmo não foi propriamente de cavalheiro.

-Não, mas com esse ar bem que podia ser. Devias livrar-te desse sarcasmo, só te faz mal. - E continuou - Enfim. A regra que te queria impor era: podes interferir fisicamente á vontade, mas mais uma vez, não directamente. Ou seja, podes transportar objectos, mudá-los etc. Até te podes transfigurar! Apenas não podes ter contacto físico contigo mesmo. Nem dar o pequeno a saber que tu "existes".
Compreendes? Achas que consegues aguentar com isso?

-Tenho alternativa? - perguntei com um suspiro de quem é burro sobrecarregado.

Ele mais uma vez piscou-me o olho, com um sorriso que dá forças.

Olhei para o chão com um ar pensativo. Pensava no que iria fazer. 

Quando finalmente cheguei a uma resposta, Ele já se encontrava fora dalí e o eu mais pequeno já estava a pedalar com tanta alegria que se via na sua cara.

Apressei-me a ir ao pé dele. De mim...

Não sabia se iria resultar...o certo é que não tinha muito tempo. Lembrava-me que, por volta daquela idade o que eu gostava era de papagaios. Parecia-me idiota, e o certo era aquilo não resultar...

...

As penas faziam comichão, e o bico era extremamente longo. Lutava para me manter no ar. Lutava para me manter vivo.

Consegui posicionar-me de maneira a ficar á frente da visão do rapazinho. 

Este olhou directamente para mim. Os seus olhos brilhavam radiantemente a observar o pássaro multi-colorido, e fixa-me com tanta força que foi forçado a mudar de direcção. E assim ele mudou de caminho. Eu mudei de caminho.

Resultou. Não conseguia conceber a ideia de que fiz uma coisa bem feita.

Passou á tangente da falésia, e eu lutava ainda por voar. 

A certa altura, olhei para trás. Não me via. Já não estava lá.

Parei de lutar, e caí. Caí como que uma pedra cai no abismo, e aterrei na relva suavemente confortável. Virei-me de maneira a posicionar a cabeça para cima, de maneira a que o sol entrasse pelos meus olhos, como que a chama que nos acende no meio de uma tempestade dos frios.

Uma figura tapou a luz viva.

-Então "Zazu", já no chão? - não consegui esconder o sorriso - Vamos lá, o rapaz já está bem...o sonho dele acabou. E o teu?

 Percebi o queele queria dizer. Ele percebeu o que eu lhe queria dizer.

-Muito bem então. Vamos. - Afastou-se e parou de me bloquear o sol. A radiação emitente deste brilhava ainda mais intensamente do que antes, e quando consegui voltar a ver onde estava, encontrava-me na grande escadaria.

Imobilizei-me. Tinha uma pergunta a fazer-lhe:

-E agora...a minha vida vai-se formando a partir dos passos que dei? - perguntei...

Não sabia ao certo se estava certo ou não. Não sabia qual seria a resposta, a resposta que iria formar o resto da minha vida.

Sentia um peso no peito, e inclinava-me em tom de expectação. Esperava a resposta, ansiosamente. 

Finalmente, fez-se ouvir uma voz, um suspiro...era Ele.

-Não. A tua vida não se vai formando a partir dos passos que deste... - e continuou - Vai-se formando a partir dos passos que irás dar.

***

*Achas hipócrita eu só lutar para atingir os meus objectivos?* - rapaz das pastilhas

sábado, 16 de maio de 2009

And so it is...

There you go. We're different.

We both knew. Nothing lasts forever, and this would definatively not work. 

You said it's the past. The past changed things, it melted the ice. 

You think you're somekind of monster that because of some previous preys you'll eventually hunt me down.

And so it is...Like you said it would be.

'Think I'm sad? Surely. 'Think I've fall? Of course...But do you think I won't stand up? Do you think I will just go to a corner and cry? Take a knife and shake? Do you think I will close my eyes for good?

I'll never forget the breeze. The taste, the smile, the look. The memories.

They'll all remain...

But I'll never quit.

I had precautions, warnings, cryies. I had your sadness form leaving it all behind...and pricks. Pricks in every words: remorses, horns, idiots

But, the only deep cut you ever gave to this rootless tree was the sound of the axe cuttin' through the wind.

It was a small crime. But you gave the gun away when it was loaded.

And so it is...you knocked me down.

Is that alright? How come you still say no? You warned me.

Is a 'that's ok' enough? I also know that...it isn't.

I talked to both of the sides. You and him. The story has been told. 

How can you cry sayin' you're afraid I'll  leave you in times like these? I won't. I will just help you both. No matter how hard.

And so it is...the cannonball floated away...instead of flying.

Secrets you trusted on me. Life changings you layed on me. How can it all simply change with the mornig sunny breeze?

Or not. 

Still the shoulder to look for, still the words to be listened, the shelter for the peregrin. Just not the hero of your sky.

I'll say it over and over again:  
"Think I'm sad? Surely. 'Think I've fall? Of course...But do you think I won't stand up? Do you think I will just go to a corner and cry? Take a knife and shake? Do you think I will close my eyes for good?"

I'll say again: never. I shall never quit and look back regreted for given up.

Don't worry, I'll be fine. Just give me time.

I shall always remember everything. Let's just hope so not like I do now.

Thanks for all the talking. Both of you.

And so it is...I'm starting to try to make me feel better.

Wanna help me? Be trustworthy.



Luís Ogando...
Damien Rice.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Jogo

"Pûs o primeiro pé na grande escadaria circular"

***

De súbito, foi como se tivesse sido lançado e presentei-me num outro lugar.

Seria longe da escadaria? Indeterminado: teoricamente a escadaria não existia.

O lugar era completamente diferente de onde viera. Encontrava-me no meio de uma festa de anos, e á primeira vista era infantil. Tinha balões coloridos á volta do compartimento, fitas e brinquedos. A comida era simplística. Não pude deixar de reparar que sentia uma forte presença de Dèjá-vu.

Um aglomerado de pessoas juntava-se á volta de uma mesa. Na cabeceira desta, encontrava-se um rapazinho confuso sem perceber o que se passava alí. Olhei de relance para as velas. Estas diziam-me que o rapazinho realizava o seu primeiro ano. Não reparei no nome do aniversariante que vinha no bolo.

-Que festa espectacular que está a ser não achas? - Esta pergunta foi dirigida intrisicamente a mim, de maneira a que eu dei um pulo. A voz continuou - Parece que toda a gente se está a divertir.

-Desculpe, mas o senhor está a dirigir-se a mim? - Perguntei. O homem apresentava feições sorridentes, e umas vestes compridas. 

-Se me estou a dirigir a ti? Penso que sim, no entanto  tanto eu como tu podemos estar a alucinar, e essa certamente seria a conclusão mais lógica. Mas penso que ambos não acreditamos que isto seja um sonho, estarei errado?

-Pois...penso que não. E penso que também seria uma pergunta um pouco parva perguntar quem é o senhor não é? - respondi de maneira a parecer um maluco a achar essa possibilidade sequer plausível.

-Já estamos a aprender! - respondeu sorridentemente, enquanto me piscava o olho. Fez uma breve pausa. - Já notaste alguma coisa em particular deste lugar?

Realmente, tive que pensar numa resposta a essa pergunta. Eu tenho tido uma noção de Dèjá-vu durante a "festa", mas para além disso...

-Nada de muito notável. - decidi responder

-Então sugiro que olhes á tua volta com maior pormenor em vez de apenas agarrares-te ao Dèjá-vu. - respondeu com  "ênfase nos olhos", dirigindo-os ao bolo de aniversário como quem me quer indicar alguma coisa. Penso que a minha resposta á pergunta do "quem era o senhor" fora respondida, a partir de que ele adivinhara a minha noção de Dèjá-vu sem eu lhe ter dito ou ter subentendido.

Percebi a indirecte, logo, aproximei-me do bolo. Olhei pormenorizadamente aos detalhes mínimos do bolo, como a sua cor, decorações, tamanho...só depois notei que não tinha olhado ao mais importante facto de todos. Olhei, devagar, ás letras esritas em doce. As letras, sujeitavam cuidado de escrita, e tinham as mesmas do meu nome. O rapazinho tinha o meu nome. Reperei que não fesse Dèjá-vu, mas igual mesmo. Talvez não fosse apenas o nome igual, mas tudo.  Apercebi-me de que a "festa" em que me encontrava era idêntica á minha primeira festa de anos. Não sei como não reparei na minha mãe, pai, irmãos etc.

-Sim, esse rapazinho aí és tu. - Afirmou no meio da minha conclusão - Tudo o que neste momento te rodeia, já foi dito, escrito, respirado, comido. Todas as pessoas que tu vês, são as mesmas pessoas que s encontraram na tua primeira festa d'anos; todas elas se sentam no mesmo sítio, comem a mesma comida, falam as mesmas conversas, respiram o mesmo ar. Tudo se repete, dando origem a acontecimentos que, na verdade, já ocorreram anteriormente.

Estava perplexo. Como seria aquilo possível? Passado, presente e futuro são coisas paralelas. Acabei de chegar e já ficara confuso. Mas afinal, para que chegara eu?

-Mas então... - tentei encontrar as palavras certas. Ele antecipou-se.

-...porque é que te chamei aqui? É simples...toda a gente no mundo, viveu á sua maneira, percorreu o seu caminho. Alguns da maneira correcta, outros da maneira errada. Mas o certo, é que muita gente que errou (e toda a gente erra, apenas uns mais que outros) , diz-se arrependida de que errou. Mas tu, um dia ouvi-te, e houve algo em ti que me chamou a atenção...tu não tinhas a certeza se erras-te se não. Tu pedias desculpa por "qualquer incidente que possas ter causado" e não que "causate". A princípio não gostei, achei que era apenas uma maneira de te livrares do peso das costas. Mas depois, reparei que era realmente sincero, que não tinhas a certeza, e que mostrava um sinal de não hipocrisia: admitias que podias ter errado, mas no entanto não afirmavas  nada. Sentia que estavas a ser sincero. Por isso decidi mostrar-te os caminhos que percorreste, e dar-te a livre vontade de os mudares se assim o desejares. No entanto, não podes interferir directamente "contigo". Apenas te podes sussurar, tentar indicar o caminho correcto. Isto se passará pelos episódios em que tiveste mais dúvidas, e cada episódio simboliza um degrau, até chegares ao topo, á glória. Isso reflecter-se-á no amor, dinheiro, vida social, tristeza, felicidade...Preferia que não interpretasses isto como um jogo, mas como uma hipótese de redenção  e remendo da tua vida.

-Ou seja, tenho de fazer de "anjo-da-guarda" a mim mesmo?

-Mais ou menos isso. Com o tempo perceberás cada vez melhor o que tens de fazer. Por exemplo, olha para "ti" agora: estão-te a cantar o parabéns...lembras-te de alguma coisa?

O que queria dizer com aquilo? Lembro-me de...

...puxar a toalha da mesa e deitar tudo abaixo!

Apressei-me, e corri para o meu pequeno. Estava já pronto para esticar os meus braços e agarrar as "minhas" mãos e impedir o desastre!

-Ah! Nada de interferir directamente!

Pois é...apenas lhe podia susurrar, aconselhar. Não sabia que efeito isso tinha a um "eu" de 1 ano, mas não tinha nada a perder. 

O meu susurro ao meu ouvido, o meu auto-aconselhamento, o meu interferimento...tudo aquilo me parecia estranho. Podera, normal não pode ser!

Não me lembro do que disse, mas o certo é que resultou. O desastre, o escânda-lo do meu primeiro aniversário...nunca chegou a acontecer? Fiquei extremamente confuso.

-Não te preocupes, existem coisas que o facto de não terem explicação é explicação suficiente. - exclamou, quebrando a minha confusão de "isto não é possível".

-Estás-te a referir á Fé?

-Se quiseres... - e soltou-me um sorriso travesso.

De repente, voei de novo, e voltei á escadaria circular.

O 1º degrau encontrava-se limpo, imaculado, e a brilhar. Um brilho branco, que me transmitia esperança e força para dar o próximo passo. Sabia que isto me influenciava fortemente a vida. Sabia que teria de esperar. Sabia que eu podia dar um passo em errado e arrepender-me para sempre. Paciência, arriscaria, esperaria o tempo que for preciso. 

***


domingo, 12 de abril de 2009

"But oh God, under the weight of life, things seem brighter on the other side"

quinta-feira, 19 de março de 2009

Jogo

Adormeci.


Tentei entrar pela janela. Perdera sem chaves e estava demasiado frio para as procurar. Com um joelho apoiado no vão, empoleirei-me para dentro da casa, e o meu peso transferiu-se para frente, fazendo-me cair e aterrar em cima do sofá. O pó espalhou-se e eu recompûs-me.

Olhei para a primeira vez para a divisão. Era pequena e extremamente mobilada...quase como se toda a mobília fosse toda deslocada de todas as divisões para esta.

Olhei para o envelope que aquele vendedor de pão e vinho me dera com as instruções do que devia fazer para "mudar o sentido da minha vida". Já completara a parte de entrar na casa ainda que perdesse as chaves. O próximo objectivo, meio borrado, dizia: "Entar na sala de jogo".

Não quereria dizer "sala de jogos"? Um erro possível e admitível. Não vale a pena dar grande importância a isso.

Percorri a casa de acordo com a planta que vinha no envelope. Encontrei a tal divisão.

Abri a porta.

Subitamente, foi como se tivesse sido mudado para outro sítio. Atrás de mim não existia uma porta, e á minha frente, uma grande pirâmide circular estendia-se á minha frente.

Não percebi nada daquilo. Trovões rasgavam o céu negro infundido de tristeza, e o chão, florido e verdejante aguentava a própria felicidade a meus pés.

Retirei a hipótese de estar a sonhar pois estava demasiado consiente do que fazia...mas por outro lado...nada daquilo parecia real.

Paralisado, imobilizava-me de olhar o envelope. Não parava de pensar porque é que um simples vendedor me dera a hipótese de meter numa espécie de universo super mega alternativo cuja formação eram úm céu queimado, chão florido e uma glória circular.

Os meus joelhos tremiam. Os meus braços mal tinham forças para chegar á boca para a tapar de espanto. Os meus olhos, no meio da efémera tristeza pendida naquele lugar, repousavam noutro envelope, que se encontrava no primeiro lugar da tal glória.

Não queria estender sequer a mão para saber o que estava a dizer lá. Se o primeiro já me trouxera alí, nem me permitia pensar sequer onde aquele segundo me iria levar.

Não podia, não conseguia. Não queria. Éticamente, fisicamente tudo aquilo era impossível.

Pude, consegui: quis.

Estiquei a minha mão. O envelope era branco, e não tinha nada escrito nele...excepto...:"confia"

Demorei a re-tomar a minha decisão. Não sabia se sim.

Obedeci.

Abri o envelope, devagar. Lá dentro, trazia uma folha com um texto.

Obrigado. Foste corajoso, fiel o suficiente para abrires este envelope sem teres qualquer fundamento básico e inteligente para teres sequer uma razão para isso.
Á tua frente encontra-se um jogo, que já deves ter ouvido falar: a glória. Esta glória representa a tua vida. Vais começando cá em baixo, e á medida que vais avançando, subindo, vais ter que fazer sacrifícios até chegares ao topo. Até chegares á glória.
Á medida do jogo, vão existindo ajudas, guias, mãos de ajuda para te ajudar a não arredar pé.
Um conselho: não te abstenhas do que tens.

Consenti.

Pûs o primeiro pé na grande escadaria circular.

***

Já nem me lembrava disto...

...é verdade! Estava a percorrer o youtube para ouvir músicas visto que a minha irmão decidiu desinalar o limewire...-.-

Bom, mas a verdade é que enquanto percorria isto, dei de caras com este vídeo, que, verdade seja dita, ainda me rio com a mistura de foleirice e tanguice...



Hehe, aposto que eles nem devem saber o que estão para alía dizer, mas pronto...

Gosto especialmente do fim, as gafes da montagem...xD

E reparem que na montagem, o da esquerda ainda não tinha a mão partida! Hehe!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Rorscharch

Tu vês tristeza, eu vejo um novo desafio de vida.

Eu vejo uma coisa, tu vês outra, e isso deve-se ao facto de sermos diferentes, e aprende de uma vez por todas que isso não é mau.

Tu vês uma ferida, eu vejo um sinal de vida.

E o que queres que faça se não vês o mundo á mesma maneira que eu?

Mas não te preocupes com isso.

E não somos só nos. Toda a gente. Somos todos diferentes, como se cada um fosse um número. Tu eras o 1.

E por amor de Deus, não te moldes á forma de outra pessoa. E mesmo assim, nunca conseguirias. Tu és tu, e não, nem tu nem ninguém o pode negar.

Mas não te sintas longe. Por muitas vezes, diferentes caminhos se encontram. Os Cristãos dizem Deus, os muçulmanos dizem Alá, mas ambos são o mesmo, apesar que tenham diferentes maneiras de olhar o seu deus, o que também prova que existem diversas maneiras de ver a mesma coisa.

Tu chamas-lhe uma ida. Eu chamo-lhe um regresso.

Chamas-lhe tempo, eu chamo-lhe espera (:

Não percebes? Somos pessoas diferentes, mas iguais.

É como um teste Roscharch. Estamos a olhar para a mesma imagem, mas vêmo-la, interpretâmo-la de maneiras diferentes,

É disso que se trata.

O que vemos. O que interpretamos.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Confusão

Está tudo trocado. Ou então antes estava tudo mal, e agora está tudo normal. Não sei, mas mudou. Tudo mudou.

Nós e toda a gente. Isto e tudo.

Está tudo demasiado confuso para qualquer lado que olhe. O que queres que faça? Como queres que indique o caminho se não há estrada assente?

É como se tudo fosse uma árvore sem raíz. Um rio sem nascente, um dia sem ti.

Num dia a árvore está alta e majestosa, o rio azul e brilhante No outro a árvore foi abatida e o rio secou. Nesse dia o que queres que faça? Como queres que me sinta?

Dizes que também não percebes, mas sem tinta a caneta não escreve.

É tudo uma grande confusão, eu sei. Sei que tudo se irá resolver, e tudo voltará exactamente como era. Eu sei. Mas...

Vai tudo voltar ao normal...mesmo? Não sei, e se tu não me sabes dizer, então temo que ninguém possa.

Não me fales da concorrência que não é dela que tenho medo. Tenho medo que o rio não volte a correr.

E não me fales em religião que isso ainda é um '?' a colocar na frase.

Fala-me só de ti...(:

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Desafio

E aqui vai a minha resposta. É pena os únicos desafios que me fazem serem destes, mas enfim. E depois, para este não ser um capítulo (in)acabado, não vou quebrar a cadeia...


Ainda demorei um pouco tempo para saber para é que isto servia. Claro que depois cheguei á conclusão de isto não servia para nada além do divertimento...


Apetece mesmo acrescentar outro "6" não apetece?



Regras:

  1. Publicar o link da pessoa que o/a nomeou; (já tá lá em cima...)
  2. Escrever as regras no blog;
  3. Contar 6 coisas aleatórias sobre si;
  4. Indicar mais seis pessoas e colocar os respectivos links no final do post;
  5. Avise as pessoas que indicou, deixando um comentário nos seus blogs;
  6. Deixe os indicados saberem quando publicar o seu post.

6 "factos" sobre mim:

  • Não gosto da maior parte dos chocolates;
  • Por muito que muitas pessoas achem, eu NÃO sou francês, sou português;
  • Comecei a gostar de ouvir Michael Jackson;
  • Conheço uma pessoa que nunca viu nenhum dos "Senhor dos Anéis", nem nenhum do "Star Wars", e se eu não lhe tivesse mostrado, nunca tinha visto nenhum dos "Matrix" (:O);
  • Descobri da maneira errada que não se podia pôr nem ferro nem metal no microondas;
  • Demorei mais tempo a pensar na primeira coisa do que no resto dos factos.


6 Blogs nomeados para este desafio que não sei quem é que vai verificar:

Fico á espera...:)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Opostos

Todos os dias.

Todos os dias aprendo uma coisa nova, por mais estúpida ou insignificante que seja.

Mas ás vezes não são. Algumas são capazes de mudar vidas, de fazer mudar de escolhas, de caminhos.

Ainda há algumas semanas atrás, sempre que acontecia alguma coisa, e descobria que esta era o oposto, virava-lhe as costas. Depois, (obrigado hugo :) ) vi, ouvi, senti alguma coisa que me fez mudar. Ouvi.





Stones taught me to fly
Love taught me to lie
Life taught me to die
So it's not hard to fall
When you float like a cannonball

Não pude deixar de ficar com isto como forte suporte de vida.


Então, parei de ir com a corrente, e começei a ir contra ela. Talvez isso me ensinasse alguma coisa.

Aprendi: os opostos atraem-se.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Morte

Estava a chover lá fora por isso apressei-me a entrar. Rodei a chave que ele me emprestara, e entrei.

Encontrava-me na sala de jantar. Esta era grande, e essencialmente branca. Os pequenos pormentores azuis salientavam-se nas bordas, e assim que se íam aproximando da beira da janela, tornavam-se cada vezs mais verdes. A lareira fumegava com labaredas vermelhas amareladas, que emitiam calor, e uma fragância a conforto. A mesa de pinho puro, no meio da sala, tinha rosas e túlipas no meio desta, e as velas penduradas nos doirados candelabros transmitia umam alegria presente no ar, e o facto de ter dois lugares postos na mesa deixava muito a desejar. Os quadros pormenorizados, pendurados na parede principal, eram pintados a óleo, e transitiam cores vivas, mas no entanto, o as figuras retradadas vivamente, eram incrivelmente sádicas.

O contraste do quarto deixava-me confuso. Por um lado tinha a mesa de pinho, por outro lado os quadros. Não sabia para onde olhar, se para o conforto, ou se para os quandros para descobrir mais daqueles mistério que suspiravam na tinta exposta pelos pincéis.

Apressei-me primeiro a pousar o casaco encharcado e o guarda-chuva. De seguida, dirigi-me aos quadros.

Observava um a um, com maior interesse que alguma vez já dera por mim, e que surgia no facto de cada quadro ser uma peça única e original.

Reparara principalmente num, datado no século XV, onde se encontravam em pormenores pretos e vermelho-escuros, homens e mulheres, a suplicarem por miserircódia a seu amo, e a contorcerem-se, deixando as costelas á mostra devido á fome passada no últimos anos. Ao lado destes, encontravam-se outras pesssoas, mas estas já mortas, com o rosto de terror estampado na sua face. Os ratos apressam-se a comer os órgãos, que saíram do peito dos homens mais maltradados pelas chicoteadas dadas pelo homem de máscara preta que se encontrava em cima de um palco de madeira para matar os restantes á tortura, para servir de lição áqueles que ainda se encontravam ilesos. As famílias dos condenados choravam, tentando desesperadamente passar pelas fileiras de guardas armados. Existia também um cavalo, especialmente bonito, e devia ser importante, pois entre a manta de cores negras, e cinzentas, e a maior parte dos cavalos ser pretos, aquele era branco, e encontrava-se mais elegante e penteado que qualquer outro, homem ou cavalo. Mas no meio daquela confusão, um rapazinho, quase órfão, chorava pacificamente, sem se esforçar sequer por ir ter com o seu pai, condenado a decapitação. O rapazinho encontrava-se junto a um poço, e estava virado de costas.

Abanei a cabeça, para tentar não pensar mais naquilo, e não começar a pensar na morte, e em desilusões e tristezas, visto que a noite, era, especialmente feliz.

Fui ter á mesa de pinho. As túlipas eram azuis, e tinha a forma de um triângulo. Encostei o meu nariz a elas, para comprovar o seu odor. O cheiro era divinal, e era o que eu precisava para esquecer aquelas cenasde brutalidade. Pensava que era impossível um cheiro mais complexo, até que dirigi-me ás rosas. Estas, eram brancas, delineadas na sua forma com linhas de cor vermelha, e as manchas irregulares no centro delas, eram também, vermelhas. Cuidadosamente, cheirei-as. O sentimento do meu corpo não me agradou. Estava á espera que aquela beleza se transimisse no cheiro, mas o complicado odor que esta libertou, deixou-me uma sensação de mau estar, mas ao mesmo tempo, de aviso. Não que o cheiro não fosse bom, pois era. Apenas alertou-me.

Caminhei para fora da mesa. Ela já estava atrasada, e o nosso jantar de anos não se ia fazer sozinho. Com um pressentimento que não devia fazer aquilo, enquanto esperava por ela, voltei-me a dirigir para o mesmo quadro.

Assim que pousei os meus olhos nele, reparei numa coisa que me deixara completamente paralisado. Não sabia se tinha alucinado agora, ou da primeira vez que o vi, mas uma coisa era certa, estava a alucinar - a criança pobre e inocente, do choro infantil, encontrava-se agora, a com um riso sádico estampado no rosto, e ela encontrava-se em cima do cavalo branco, no qual estava estendido no chão, morto, a transbordar de sangue que já se encontrava nos pêlos brilhantes nas bordas. O cavalo, inicialmente branco, começava a tornar-se coberto de sangue, e o rapaz continuava em cima deste, rindo. Todos no quadro estavam mortos - escravos, donos, carrascos e nobres.Apena s o rapaz, de média estatura se encontrava imóvel, fixo, em cima do cavalo com um riso estampado no rosto e uma pinga de sangue nos seus lábios. Reparara agora, nos dois dentes aguçados que se encotravam na fila da frente.

Subitamente, um choro infantil ouvia-se vindo de outra divisão da casa.

Começava-me a sentir mal, pior do que quando cheirei a rosa. De repente, os meus joelhos fraquejaram, e descaí-me. Esforçava-me por levantar, mas o peso que o meu corpo carregava, era insuportável. Avancei, apoiado nos cotovelos, metros para a frente. A dor tornava-se cada vez mais agudam, e eu já, sem perceber porquê, começara a rezar. Quando cheguei á mesa, sabia que tinha de ver uma coisa, uma pergunta imbecil no qual a resposta não faria sentindo algum. Apoiei-me na mesa , e consegui-me levantar para observar apenas uma coisa - a rosa.

O que eu vi, chocou-me. Tal como acontecera com o cavalo, a rosa, inicialmente branca, com pequenos detalhes encarnados, encontrava-se inteiramente vermelha, e estava já descaída.

Deixei-me caír para o chão. Não aguentava mais. Sabia que ra tudo fruto da minha imaginação, e eu sabia que se estivesse no mundo real, nada me aconteceria. A minha respiração era pior que ofegante, e já tinha dificuldades em ver. Num rápido relance, vi por entre as pálpebras um rapaz de estatura média, com um riso no rosto, dois dentes aguçados, e com os olhos debaixos do sobrolho pousados em mim, encontrava-se a cheirar a rosa.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Presente

Sento-me na cadeira, ligo a internet. A noite já vai a meio e eu não estou com uma pinga de sono.

Bebo um chá. Talvez isto ajude.

Escrevi sobre o passado, escrevo sobre o presente, e escreverei sobre o futuro.

Mas se não tivesse escrito sobre o passado, estaria a escrever agora sobre o presente? Quer dizer, o presente não pode existir sem o passado.

Se alguém não tivesse feito qualquer coisa estúpida na bolsa, não estaríamos agora em crise, se todos aqueles reis e raínhas de Portugal não tivesse esforçado os seus c*s, não estaríamos aqui (assim, por dizer, pois eles também só se sentavam, comiam e faziam decisões), e se ninguém tivesse inventado o futebol, não teríamos hoje 'pimbalhotes comó' Cristiano Ronaldo.

Assim como se eu não me dedicar a acabar o texto, no futuro não existirá nada para além deste ponto final.

Mas já que já comecei, porque não acabarei?

Bom, é melhor não olhar para trás nem olhar para a frente. É melhor olhar para cima.

Como tudo começou? O Céu, as estrelas, o mundo, o Benfica...tudo coisas divinas!

Bom, e sobre o presente, o que há a dizer?

Presente, é o que me dão quando faço anos.

Presente é o que todos dizem quando o professor faz a chamada.

Presente é aquela coisinha irritante que o cão do vizinho deixa no parque e que vai acabar na sola dos meus sapatos.

Presente é um álbum de Renato Russo.

Presente é tudo aquilo que está a acontecer, um milhão de coisas que se passa á nossa volta ao mesmo tempo.



E já que falei no Benfica...


O chá começa a fazer efeito. O sono começa-se a instalar no meu corpo e estou prestes a adorm...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Pandemónio Materno

Já há algum tempo que não via este vídeo. Estava a passar da cozinha para a sala, quando oiço a minha frase da canção favorita: "If all you're friends jump off a cliff, would you jump too?"

Eu responderia: "Sure, why not?"

Mas bom, 'tá em inglês, e assim até fica com mais piada...


quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Whisky in the Jar

A noite estava escura. Estava frio lá fora e eu estava dentro do carro, parado. Era iluminado apenas pela luz superior do carro, que se ia ligando e desligando.

Estava a falar com a beatriz. Não posso dizer que fora a conversa mais inteligente que tivera...posso antes dizer que fora a mais estúpida.

Estávamos no típico de 'cores e filmes favoritos'...estava seriamente espantado com a imaginação de perguntas que tinha. Quando foi a última vez que fizeram isso?

Bom, o que importa é que enquanto estava a conversar com ela (se assim podemos dizer, mais parecia um inquérito[!]), veio-me daquelas ideias de 'formar melhor o meu carácter, e melhorar a minha vida civil'.

Reparei que a minha vida estava a tornar-se cada vez mais monótona. Não por causa das secas que apanho constantemente, mas pois achava que a minha vida se estava a tornar cada vez mais fácil. Bom, pelo menos não devia. (tpc's e tal...:S)

Então tive a brilhante ideia de escrever uma listinha de coisas inúteis que não interessam nem ao judas, mas que para concretizá-las (ou deixar e as fazer) era preciso trabalho, tanto físico como interior. Enfim, pequenos sacrifícios.

Eis a lista "sacrificial":
  • Sempre que o professor me chamar á atenção de alguma coisa, tento remediá-la
  • Quando não tiver ninguém de jeito para falar no msn, ou desligo-o, ou simplente não começo a ter conversas de "oi-adeus"!
  • Se eu comer um iogurte e mesmo se 'por acaso' tive um dia 'cansativo', não como outro!
  • Não como bolachas ás escondidas (mãe tu não vens regularmente ao meu blog pois não?...se sim, lembra-te que muitas coisas são simplesmente FICCIONÁRIAS, não te deixes enganar, mesmo que algumas pareçam verdadeiras...)

Depois reparei que era apenas sacrifícios...estúpidos. Então deparei-me a tentar escrever uns que fossesm sinceros (não que os outros não fossem), e mais inteligentes:

  • Quando estiver a conversar com alguém, vou se mais que sincero, e se a conversa pedir isso, ajudar essa pessoa ainda mais do que o custume.
  • Quando olhar para trás, para reflectir sobre o meu dia, vou agradecê-Lo pelos bons momentos, perceber que os maus foram precisos (todo o mal é para alcançar um bem maior), e pedir desculpa pelos maus actos que fiz.
  • Se posso fazê-lo agora, não deixo para depois.
  • Praticar a abstinência (para quem não percebe, o título é uma metáfora a esta).
  • Ser, definitivamente, mais paciente.
  • Saber escutar.

Alguns não me lembro, outros reservo para mim. Os que não me lembro...bom, deixo-vos esta mensagem: "Os que um dia não se lembrarem das regras que lhes foram impostas, serão pessoas formadas, pois em vez de decorarem as palavras na teoria, que as esqueçam e ponham á prova"

Bonito não é?

Não fui eu que escrevi...

Já tenho muita gente a pedinchar que acabe este post e que o publique...pronto, já está!

Só uma palavra: sacrifício

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Passado

"O mundo inteiro é apenas um palco, e todos os homens e todas as mulheres são apenas actores" (William Shakespeare)

Ás vezes dou por mim a pensar na vida...No que era, antes de eu ter nascido.

Como seriam as ruas, o pôr-do-sol, os amigos, os bancos de jardim. Como cheirava a manhã? De que cor estavam as flores quando chegava o crepúsculo? Os transportes públicos, os telemóveis, a internet, os gameboys, e tudo o que é *Hightech*? Como seria a liberdade? E mais que isso, como seria a música?

O que acontecera realmente para causar as duas grandes guerras, e o que podíamos ter feito para evitar isso? Todos os boches mandados á guerra eram teoricamente maus, ou só os seus líderes é que eram? O que é certo, é que os bons ganharam.


Como era?

E muito antes de isso?

Quando as pessoas ainda viam uma tempestade como a fúria ímpia dos Deuses, ou quando um fósforo era um objecto potencialmente assassino, ou ainda quando os filósofos ainda tentavam calcular a trajectória do voo de uma mosca para a apanhar?

Como seria aí? Como seria se eu tivesse vivido nessa altura.

Mandariam-me para guerras sanguinárias, junto dos espartanos, ou a estudar as leis do mundo com os gregos? Estaria eu nos campos agrículas, a apanhar a minha colheita, a agradecer aos deuses pelas vindimas; a ver o pôr-do-sol, relaxado, a pensar que tudo aquilo era fruto de Apolo; estaria eu a olhar para as estrelas a pensar no que seriam aquelas luzinhas lá em cima que piscam. Seriam essas luzes *pirilampos que voaram e ficaram presos naquela coisa peganhenta azul lá em cima*? Acho que sim...

Se tudo era baseado em...praticamente nada, como seria eu, em termos de personalidade? Será que eu te tinha conhecido?

Pensamentos...

E a moda?(xD)

É melhor não recuar mais no tempo, senão ainda paro no tempo dos australopitecos...

E o tempo do Einstein? "O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário" (Albert Einstein)

E se tivesse nascido ontem? "Pensas que nasci ontem?" - "Ya...". Ontem conta como passado, certo?

Aliás, o que é o passado?:

O dicionário diz:"o que se fez ou disse anteriormente; o tempo que passou"

Tretas.

Passados são os momentos que vivemos, em que sorrimos, em que chorámos.Aquele sorriso que me deste, ou azar que tive. Mas isso são exemplos.

Então o que é o passado?

Agora não tenho definição. Mas pelo menos penso que o passado nem tem definição.

Bom, se eu perguntar se ele me perdoa, de certeza que ele me diria:" Ah, isso é passado!"

Passado=Desculpas...Não me parece...

Vejo numa receita: Um bife bem passado...

Passado=Bitoque...Também não me parece...


Mas agora apercebo-me! Como pude ser tão tolo? A definição de passado estava mesmo á minha frente!

O passado não é!...


O passado era...


terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Descrições

Estou na sala de aula. Já acabei o "Trabalho" que o professor mandou fazer, e não sei ao certo se devo fazer outro suplente ou se devo reponder ao professor: "não sabia que havia outro"...Enfim, já se vê...

Está de chuva lá fora, estão os mais novos a brincar, e está tudo silencioso na minha aula. Quer dizer, quase, ainda existem pequenas conversas que "supostamente" o professor não deveria ouvir, e que, são cortadas por este mesmo: "Cala-te Mário!"

Estou junto á janela, e confirmei a razão de o meu colégio se chamar Planalto: consigo a cidade de lá de cima, toda com pequenas janelinhas, com os seus telhados desenhados da mesma maneira, e com uma cor padrão, que são cortados pela grua horrenda que ninguém gosta de ver..........."No alto da montanha, pertinho lá do céu (...) aonde o rei viveu (...)"

Rompe agora das nuvens o sol, que bate na minha cara, dando a sensação de um aquecedor numa sala fria, que se liga e desliga sozinho.

Vejo a palmeira, agora sem cor, cujas folhas, humedecidas pela água , rebaixam-se dando um ar de solidão á árvore. Atrás desta tem uma coisa ainda pior: Consigo ver o gabinete do meu director! Reparo, para meu consolo, que ele não está lá.

Outra descoberta maravilhosa: també descubro por entre edifício escuros e entendiantes, um outro que me faz pensar. Penso na vida que tenho atrás das costas, nos amigos que formei, e nos amigos que deixei...penso em todas as felicidades, tristezas, reuniões e rejeições (bom, tudo o que indirectamente é 'preto e branco'), e tudo ao ver o Hospital Sta Maria, onde eu nasci.

Granizo...vejo-o cair á minha esquerda e a ressaltar no telhado, emitindo um barulho que me lembra de todas as tristezas que tive na minha vida, um barulho que corta a respiração da aula, um barulho que é focado com toda a minha atenção...

Agora parou de chov...não, afinal não...

Agora sim, definitivamente parou de chover, e não consigo conter o meu entusiasmo quendo vejo o Sol a aparecer por entre as nuvens cinzentas, escuras, grandes e compactas. A partir daí, so vejo céu limpo.

Vejo uma pomba branca no céu.

Olho para o Céu. Não paro de pensar sobre a mesma coisa de todos os dias, a mesma coisa que me faz viver! Sacudo a cabeça. Esse pensamento não me sai da cabeça (e sacudindo a cabeça consegues fazer isso?)...quanto mais tento não pensar, o pensamento torna-se mais rígido.

Mas para quê? " Se não consegues vençê-los, junta-te a eles". Neste caso, se não consegues parar de pensar, pensa com mais afinco.

O João siz a alto e bom som o seu pensamento do dia: "Se o casamento fosse um caminho, eu tomava um atalho!"

Risos.

E assim termina o meu dia.

Rindo

sábado, 17 de janeiro de 2009

A guerra de 1908



Vale a pena ver...

Não tem muito a ver com o resto, mas posso dizer que "é de partir o coco".

Não tenho muito mais para dizer...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Um dia...

Um dia começarei a escrever sem ser no blog

Um dia irei para a rua gritar ás estrelas

Um dia ouvirei a Tua voz

Um dia vou saltar de um avião e abrir o pára-quedas depois do suposto

Um dia vou estacionar no passeio e rasgar a multa

Um dia pararei de lhe telefonar

Um dia vou acabar o pacote de leite e deixá-lo no frigorífico

Um dia vou pegar numa prancha de surf e atirar-me ás ondas sem pensar

Um dia não falarei

Um dia subirei ao telhado e gritarei pelo teu nome

Um dia irei a um concerto dos Stones

Um dia, é como quem diz, 24 horas

Um dia confessar-me-ei de que em vez de estar a dormir á 1:30h da manhã estou a escrever isto enquanto ainda me vem a inspiração

Um dia farei bunjee-jumping

Um dia abraçar-te-ei com tanta força que não consigas respirar

Um dia verei uma aurora boreal

Um dia pisarei a lua

Um dia amar-te-ei

Um dia rejeitar-te-ei

Um dia subirei ao vizinho de cima para lhe desejar um Bom Natal

Um dia pintarei de preto o branco

Um dia dançarei na rambóia até ás 8:30h da manhã

Um dia olharei tanto para a tua cara para que nunca mais me esqueça dela

Um dia dar-te-ei aquela camisa

Um dia fingirei no meio da rua que sou o Pierce Brosnan

Um dia, vou fazer uma tatuagem

Um dia, cristalizo o meu cabelo

Um dia chegarei á conclusão que apenas duas pessoas tiveram a paciência de ler tudo até agora, e nenhuma vai conseguir acabar

Um dia olharei para as minhas tarefas e direi "que se lixe"

Um dia perguntar-me-ei: "o que vou fazer de mim?"

Um dia compensar-Te-ei e resarei um Rosário

Um dia passarei o tempo todo a dormir

Um dia perguntar-te-ei se gostas de mim como sou

Um cantarei á chuva

Um dia tirarei a minha máscara e todos verão a minha cara

Um dia agirei sem pensar

Um dia dar-te-ei a minha mão

Um dia saberei o sentido da vida

Um dia confiarei tanto em ti que te consiga dizer tudo

Um dia vou dar o maior espetáculo de música que já viram

Um dia serei independente

Um dia terei uma biblioteca de música

Um dia este post acabará

Um dia serei egoísta

Um dia serei amável

Um dia não serei

Um dia mostrar-te-ei os meus sentimentos

Um dia, tu mostras-me os teus

Um dia, saberei cantar Michael Buble

Um dia, irei á América clandestinamente

Um dia tocarei Jazz

Um dia, ultrapassarei o Everest

Um dia verei uma chuva de estrelas

Um dia ficarei Multi-Bilionário

Um dia deixarei crescer o cabelo até parecer um "raffiki"

Um dia não pararei de pensar em ti

Um dia farei um piercing

Um dia calhar-me-á o "bem-me-quer"

Um dia, não estarei debaixo do "mosh"

Um dia, ficarei contigo a ver o crepúsculo

Um dia, serás sincero(a) comigo

Um dia celebrarei o Natal descobrindo verdadeiramente o seu significado

Um dia conversarei com o Tolkien

Um dia, entrarei dentro do Seu manto

Um dia, celebrarei o Halloween

Um dia, não me vou esconder

Um dia, seréi mágico

Um dia, tu irás perceber-me

Um dia, eu perceberei-te

Um dia, eu resolverei esse enigma

Um dia...Quem sabe...

Um dia...