Parei de pensar para me aperceber o que estava a fazer. A olhar para a Janela. Agora, não pensava, apenas olhava para ela. O vento fazia que ela se movesse uns meros centímetros, o que deixava que leves e frias brisas entrassem de rompante pelo quarto adentro, emitindo um som, leve como um murmúrio, suave como um susurro. Atrás das altas árvores, encontrava-se um prédio, pelo qual apenas havia uma luz acesa.
A janela era composta por quatro coisas. a borda, o puxador, o vidro e autocolantes. Autocolantes que contavam a história de uma vida, que já vieram de várias partes do país e continente. Eram esses mesmos autocolantes que a minha irmã colou, e que mais tarde passaram a pertencer a mim. Os autocolantes ocupavam cerca de metade da Janela.
Continuava a observá-la. Não sei porquê, era apenas uma Janela, mas havia algo nela que me atraía. Os meus olhos encontravam descanso nela, e ao mesmo tempo dava-me sono, e dava-me pica (!?).
E é assim de repente, que o meu descanso é interrompido com o camião do lixo a fazer o barulho irritante que ninguém gosta, o "pii-pii-pii" do marcha-atrás e a luz ambulância/carro da bófia amarela. Eu só pedia para que o barulho acabasse, é foi mesmo isso que aconteceu.
Continuei a mirá-la.
Fixamente, detalhadamente.
Imaginativamente e qualquer outra coisa acabada em "mente".
Os meus olhos pediam descanso, sono. Apetece-me dormir. Que horas são? " 2:00h am, tenho aulas ás 8:30h am.
Adormeci.