Tentei entrar pela janela. Perdera sem chaves e estava demasiado frio para as procurar. Com um joelho apoiado no vão, empoleirei-me para dentro da casa, e o meu peso transferiu-se para frente, fazendo-me cair e aterrar em cima do sofá. O pó espalhou-se e eu recompûs-me.
Olhei para a primeira vez para a divisão. Era pequena e extremamente mobilada...quase como se toda a mobília fosse toda deslocada de todas as divisões para esta.
Olhei para o envelope que aquele vendedor de pão e vinho me dera com as instruções do que devia fazer para "mudar o sentido da minha vida". Já completara a parte de entrar na casa ainda que perdesse as chaves. O próximo objectivo, meio borrado, dizia: "Entar na sala de jogo".
Não quereria dizer "sala de jogos"? Um erro possível e admitível. Não vale a pena dar grande importância a isso.
Percorri a casa de acordo com a planta que vinha no envelope. Encontrei a tal divisão.
Abri a porta.
Subitamente, foi como se tivesse sido mudado para outro sítio. Atrás de mim não existia uma porta, e á minha frente, uma grande pirâmide circular estendia-se á minha frente.
Não percebi nada daquilo. Trovões rasgavam o céu negro infundido de tristeza, e o chão, florido e verdejante aguentava a própria felicidade a meus pés.
Retirei a hipótese de estar a sonhar pois estava demasiado consiente do que fazia...mas por outro lado...nada daquilo parecia real.
Paralisado, imobilizava-me de olhar o envelope. Não parava de pensar porque é que um simples vendedor me dera a hipótese de meter numa espécie de universo super mega alternativo cuja formação eram úm céu queimado, chão florido e uma glória circular.
Os meus joelhos tremiam. Os meus braços mal tinham forças para chegar á boca para a tapar de espanto. Os meus olhos, no meio da efémera tristeza pendida naquele lugar, repousavam noutro envelope, que se encontrava no primeiro lugar da tal glória.
Não queria estender sequer a mão para saber o que estava a dizer lá. Se o primeiro já me trouxera alí, nem me permitia pensar sequer onde aquele segundo me iria levar.
Não podia, não conseguia. Não queria. Éticamente, fisicamente tudo aquilo era impossível.
Pude, consegui: quis.
Estiquei a minha mão. O envelope era branco, e não tinha nada escrito nele...excepto...:"confia"
Demorei a re-tomar a minha decisão. Não sabia se sim.
Obedeci.
Abri o envelope, devagar. Lá dentro, trazia uma folha com um texto.
Obrigado. Foste corajoso, fiel o suficiente para abrires este envelope sem teres qualquer fundamento básico e inteligente para teres sequer uma razão para isso.
Á tua frente encontra-se um jogo, que já deves ter ouvido falar: a glória. Esta glória representa a tua vida. Vais começando cá em baixo, e á medida que vais avançando, subindo, vais ter que fazer sacrifícios até chegares ao topo. Até chegares á glória.
Á medida do jogo, vão existindo ajudas, guias, mãos de ajuda para te ajudar a não arredar pé.
Um conselho: não te abstenhas do que tens.
Consenti.
Pûs o primeiro pé na grande escadaria circular.
***
4 comentários:
:-O Q giro! isso tem continuação?
yepas...(:
e muiito demasiado complexo o 2º, nem sei se vai acabar giro x)
Jogos da gloria metem m medo ahah
Quero ver essa continuaçao se sempre e assim tao complicada ou nao :P
B
Yepas luis?
Vê lá o copyright.
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