Achas que sou um boneco.
Achas que me consegues controlar.
Achas que me moldo à tua maneira de ser, ás tuas crenças.
Achas que consegues puxar os fios e controlar-me.
Tentas atrair-me com a tua ideia, a tua mentira.
Tentas afirmar que o meu mundo está todo ao contrário e que o teu é o caminho a seguir.
Chamas ao que tu segues verdade? Chamas justiça?
Achas que o facto de eu só lutar para atingir os meus objectivos seja hipócrita?
Talvez isso sejas tu. Não lutas pelo que queres, e usas sempre a mesma desculpa.
Ainda me culpas e questionas-me? Ainda te ris da maneira de como eu e todos somos?
Sim, pedi-te ajuda...mas não dessa maneira.
Talvez tenhas sido capaz de ter preenchido um capítulo do livro, mas não mudas-te a capa.
Não, não vou mudar o que sinto. Pelo menos não desta maneira.
Posso estar enganado? Claro, aposto que até redondamente.
Também não sei. Mas isso não muda nada.
Achas que sou uma árvore sem raiz, uma guitarra sem cordas, com uma vivença sem qualquer tipo de fundamento.
Mas olha para mim. Não sou uma marioneta. Não tenho fios. Ou pelo menos, se os tiver, não és tu que os deténs.
Fecham-se as cortinas. As marionetas saem do palco. Os mestres mostram-se pela primeira vez.
Mas então faço-te a mesma pergunta que me fazes: Se eles acreditam que as marionetas não são humanas, porque é que eles continuam a controla-las espectáculo após espectáculo?
Eu tenho as minhas crenças tu tens as tuas. Gostava que respeitasses isso.
Não sou um boneco.
Não me consegues controlar.
Não tenho fios.
1 comentário:
Olha que tens... todos temos. Apenas podemos olhar e dizer "Sim, guia-me", ou "Não, eu fico parado"
Enviar um comentário