domingo, 30 de novembro de 2008

Banco Alimentar

Era sábado á noite, e eu acabara de sair dos escuteiros. Apetecia-me ir para casa, sentar-me no sofá ver televisão, jantar pizzas ou coisa boa. Aliás, até ja tinha um filme programado: "era uma vez no méxico", filme com o Johnny Depp, Antonio Banderas, Penelope Cruz, Salma Hayek, Enrique Iglesias, William Deffoe, e outros por aí conhecidos...

Enfim, era o que me apetecia. O desejo começava-se a materializar na minha cabeça, até que a minha irmã chega-se ao pé de mim e cá me diz: "Luís, bora ir ao banco alimentar?" - Eu fiquei tipo "What? Why the hell wold I want to..?" Bem, tipo isso. Controlei-me e apenas disse: "Fazer o quê?"
"Então, quer dizer...Não sabes o que é o banco alimentar?"
"Sim, mais ou menos... é para dar comida aos pobres e tal não é??"

Bom, lá foi uma conversa até que ela me convencesse a ir... mas sim, acabei por ir (aplausos)

Depois de encher a minha barriga com comida, fui mexer em mais comida. Cheguei ao armazém do banco e estava a chover aos potes. A Lu apenas me disse: "tem cuidado com os empilhadores, porque eles não param mesmo que estejam a atropelar alguém!" - Engoli em seco.

Vira a curva do armazém, e íamos a subir a rampa antes da entrada deste. Vi umas vinte pessoas na rampa."Bolas, são mais pessoasdo que eu esperava, pensava que éramos para aí uns 30 ou coisa assim..." Entrei no armazém. Os meus olhos, ficaram completamente espantados: haviam mais de 200 pessoas só no início! Era tanta gente que havia muito que fazer mas pouco espaço para isto, por isso, a Sara, a CaCaO, a Maria (Rita [?!]) e eu ficámos parados até que alguém nos dissesse o que fazer...

Ficámos ali uns bons 10 minutos, até que alguém (que nem percebi quem era devido á confusão) disse para irmos ajudar a pôr a comida no contentor. Lá fomos e após 5 minutos esvaziámos uma "caixa" inteira. "UAU, esvazíamos imenso em pouco tempo" - pensei - "Agora o que é que fazemos? Já acabámos de pôr a comida toda..." tive a minha resposta: ainda não tinhamos acabado: aquela caixa de aproximadamente 2x1x1 m era só uma das cinquenta que havia para pôr!

"Leite aqui!" - e todos púnhamos o leite alí. "Enlatados alí!" - e todos púnhamos os enlatados alí...

Enfim, era este o caminho que seguíamos, até nos dizerem que era tudo para o contentor. Aí é que a festa começou! As pessoas em baixo davam-nos os sacos de comida com latas açúcar e essas coisas todas em sacos de plástico. O Nosso trabalho, os que estavam em cima, era rasgar esses sacos e literalmente despejar a comida toda para o contentor. Digo-vos isto: como estava a chover e nós quase que atirávamos com a comida, o cérélac, o nestum, e algum arroz e farinha já estavam pré feitos! o "Cujo Dito" escorrega, agora era "Peganhento", e no ar e nas mãos havia uma junção de arroz, farinha, cereais, massa, leite e outras coisas nojentas.

Ouve-se uma voz, a da senhora da recepção a dizer no altifalate qualquer coisa parecida com: "Pede-se por favor que a pessoa que trouxe a play station 3 se dirija ao balcão"

Encontra-se um Champô palmolive junto a cogumelos

Haviam ovos partidos

Era o Caos

Completo Caos

A senhora do altifalante diz: "(não sei quê) chegámos acima das 300 toneladas de comida!!" - Euforia total

Há pouco a dizer, mas muito a viver.

Fui-me embora, o Caos continuou sem mim.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Memórias

Já não escrevo cá há já algum tempo, (sim, porque pôr um link não conta) também por falta de acontcimentos recentes, por isso vou falar-vos de acontecimentos passados...

Estava eu no 6º ano (pronto, aqui vai uma história de "era uma vez..."). Durante todo o ano, os meus colegas e eu estivémos a contar dias até que este dia chegasse. Íamos acampar a Mafra. Do que eu me lembro, era a agitação total na sala antes de irmos para o autocarro. Lugares da frente, lugares de trás: havia muitos para onde escolher. O caminho foi passando, e cada vez via a estrada de trás mais pequena até desaparecer no horizonte.

Quando chegámos, a única coisa que eu me lembro foi que montámos as tendas, acartámos com lenha e de resto a única coisa que eu me lembro era o lugar (para que conste nem me lembro do nome do sítio). O Sol desceu e a Lua subiu. zzZZzzzZZZZZzzzzZZZ. *Sem memórias*. A Lua desceu, o Sol subiu. Ah, agora já me lembro do que fizeramos neste dia: uma caminhada de 10 minutos.... fora só andar por aqui até alí a apanhar coisas. A seguir da caminhada, o meu professor que fora conosco chamou-me (pois eu era o chefe da minha equipa e um "elemento meu" fizera "porcaria"). O que é que iria acontecer, eu é que iria acartar com as culpas?? Ou iríamos castigá-lo?"Luís, preciso de falar contigo!..."

A minha primeira reacção fora: "o que raio é que eu fiz?..." etc, etc. O professor logo me calou. "Olha, chamei-te não por causa do Mário (nome do que fez "porcaria") mas gostava que me fizesses um favor: Quero que os trames comigo no baptismo de campo!" (batmismo de campo: espécie partida que se faz ás pessoas que vão acampar [normalmente ás que vão acampar pela primeira vez , mas nem sempre]) "O baptismo de campo?" - perguntei radiante "claro que sim!"

"O que eu quero que me faças é o seguinte: eu vou fazer uma prova de coragem a toda a gente e tu vais ser o primeiro e vais fingir que quase a ias fazer mas eu tinha sido muito bruto e assustador e por causa disso querias ir para casa. Ah e claro que tens de vir a chorar!!!" Não percebi á primeira, por isso expicou-me várias vezes...

A prova de coragem consistia nas coisas mais estúpidas e óbvias para assustar alguém, mas rersultou com METADE: primeiro tinhamos de atravessar um mato com uma estrada de 2 metros de espessura com matos e buchos ao lado durante 200 metro, depois tinham de passar pela ponte. Depois desta, tereriam de entrar numa casa que continha os seguintes items: quadro da última ceia iluminado pela lua cheia (uuuuhhhhhh, spooky), passar por um armário que se tocássemos numa pedra ao pé dele saía um esqueleto de lá (quem é que era estúpido para tocar nessa pedra?), passar pela banheira cheia de ratos (obviously) e recuperar um artigo em cima da mesa de madeira (brilhante!).Claro que a casa era cheia de vidros partidos, graffitis, madeira que range...etc. Cereja em cima do bolo: haviam lobos (cujo som só por acaso vinha do telemóvel do professor). Claro que o professor acagaçou toda a gente antes de irem para a prova um a um, com videntes e outras dessas coisinhas pequenas.

Eu fui, mas não passei pela ponte nem pela casa, fui só ao mato onde se encontrava o outro professor á minha espera como o combinado: "Luís, agora tens que ir a chorar, insultas o professor (mas não exageres) e dizes que queres ir para casa. Vá, vai lá".

Cheguei lá a chorar baba e ranho e quando um amigo meu disse que estava a fingir, dei-lhe um empurrão "amigável" e ele passou logo a acreditar! "o professor é um estúpido, quero ir para casa etc..."

Caíram todos na sopinha, e os que disseram que queriam tentar, acabaram por não ir... (sim zeca tu também). Já junto á fogueira, fizemos uma espécie de lançamento de ideias, para os meus amigos convencerem-me a não ir. "não vás, não vás"! "precisamos de ti aqui!" (eu sei, eu sei) (e tudo isto enquanto eu me ria com a cara tapada debaixo das pernas parecendo que estava a chorar! (hahaha=choro) Decidi que queria ir, e nada me parava.
Então o professor mandou todos irem-se embora excepto eu para termos uma pequenina "conversinha". "Muito bem Luís.." e já sabem o resto.

No dia seguinte continuou a saga. Com a desulpa que eu só ia para casa uma hora antes de tudo acabar (what?!), tive de parecer traumatizado com a noite de ontem e separar-me do resto do grupo.

E por aqui e por ali, fui parecendo triste... Até que o professor apitara para todos nos juntarmos e *acabou a brincadeira* dizendo que fora uma partida. "Seu idiota, traíste-nos!" "Ah, agora é assim..." etc, etc, etc.

A seguir disso?? *No memories**No memories**No memories**No memories**No memories**No memories*



"Mal se chega, vê-se a ansiedade expressa dos nossos colegas na esperança de irem para o autocarro o mais depressa possível. Na sala de aula a agitação é total. Quando de lá saímos, começa a corrida para ver quem chega em primeiro lugar ao autocarro para ficar nos lugares da frente com a melhor vista. Outros preferem os últimos lugares.
Não era um acampamento normal, não fui com os escuteiros ou com a família, não. Fui com o meu comégio. Fomos a Sintra.
Uns dias antes da nossa partida tivemos de preparar uma peça de teatro, um hino e uma bandeira. Na devida altura, todos estes elementos foram avaliados e foram atribuídos pontos a cada uma das equipas. Anoitecera e a fogueira já ardia. Jogámos, conversámos, cantámos e, finalmente, os professores mandaram-nos para o "saco". Quando nos estamos a divertir, o tempo passa a correr.
De manhãzinha, após o pequeno-almoço, desmontámos as tendas e preparámo-nos para mais uma caminhada. Seguímos para uma casa grande com uma piscina...Creio que já adivinhaam o resto. Foi um grande momento de diversão para todos nós. Infelizmente tudo tem um fim e tivemos de regressar. Uma última caminhada até ao nosso autocarro. Estávamos cansados, mas valeu a pena!"

(Este foi um texto que eu escreví no 6º ano depois do acampamento passado a este, mas o texto aplica-se aos dois...:P...!)

Ps:as fotografias são de o acampamento passado a esse, mas não encontrei mais :P)

Impossível!

Aqui ponho um link de um quiz "impossível"... uma pequena ajuda: as perguntas sao menos obvias do que parecem...

http://www.notdoppler.com/theimpossiblequiz.php