sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A Janela

É á uma da manhã que ficamos mais pensativos. E de facto, era uma da manhã e eu estava a pensar. Estava a pensar sobre a vida e os acontecimentos recentes que ocorreram na minha. Em cada segundo que pensava, sem reparar olhava fixamente para a minha janela. Alta, longa, e com árvores a fazerem plano de fundo, fixava-a. Simplesmente, só isto. Mirava-a.

Parei de pensar para me aperceber o que estava a fazer. A olhar para a Janela. Agora, não pensava, apenas olhava para ela. O vento fazia que ela se movesse uns meros centímetros, o que deixava que leves e frias brisas entrassem de rompante pelo quarto adentro, emitindo um som, leve como um murmúrio, suave como um susurro. Atrás das altas árvores, encontrava-se um prédio, pelo qual apenas havia uma luz acesa.

A janela era composta por quatro coisas. a borda, o puxador, o vidro e autocolantes. Autocolantes que contavam a história de uma vida, que já vieram de várias partes do país e continente. Eram esses mesmos autocolantes que a minha irmã colou, e que mais tarde passaram a pertencer a mim. Os autocolantes ocupavam cerca de metade da Janela.

Continuava a observá-la. Não sei porquê, era apenas uma Janela, mas havia algo nela que me atraía. Os meus olhos encontravam descanso nela, e ao mesmo tempo dava-me sono, e dava-me pica (!?).

E é assim de repente, que o meu descanso é interrompido com o camião do lixo a fazer o barulho irritante que ninguém gosta, o "pii-pii-pii" do marcha-atrás e a luz ambulância/carro da bófia amarela. Eu só pedia para que o barulho acabasse, é foi mesmo isso que aconteceu.

Continuei a mirá-la.

Fixamente, detalhadamente.

Imaginativamente e qualquer outra coisa acabada em "mente".

Os meus olhos pediam descanso, sono. Apetece-me dormir. Que horas são? " 2:00h am, tenho aulas ás 8:30h am.

Adormeci.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Culpa

O António era um rapaz esperto, educado e bem-parecido do 8ºA. A sua vida corrria brilhantemente bem, até que numa semana de testes tivera negas, e assim caíra na consideração de toda a gente. Nessa mesma semana, perdera um jogo de poker, o que lhe não agradou.

Dias depois, com todas as frustações juntas, o António decidira desanuviar e pregar uma partida ao professor, e com isso ter um "furo". Decidiu pôr um prego na fechadura da porta da sua sala de aula, e o Pedro o seu melhor amigo assistiu a tudo.O professor ao tentar pôr a chave, percebeu logo a partida que lhe tinham pregado. A resmungar, tirou com uma ferramenta o prego da fechadura, e dispensou o 8ºB da próxima aula e o 8ºA ficou na sala de aula do 8ºB, o que enfureceu o António, pois não conseguiu o seu "furo", e ainda tem que ouvir uma daquelas conversas chatas sobre disciplina e normas de convivência e zzzzzzz.... bom, perceberam a ideia.

O professor disse para que o aluno que lhe pregara a partida admitisse a culpa, e se não, a turma toda iria ser posta de castigo. No intervalo Pedro tentou chamá-lo á razão, dizendo para ele assumir a culpa, ou a turma toda ia "com ele para o fundo do mar". O António, com a generosidade á parte, disse que não e continuou a resmungar.
Tocou, e o professor, foi chamando um a um para ver quem assumia a culpa. Chegou a vez do António. O professor fez as perguntas do custume, e vendo a cara de procupado do António perguntou-lhe: "António, porque fizeste isto?"

António, admirado com a sua pergunta, confessou culpa, visto que não tinha fuga possível.

Voltou a tocar para o recreio, e António Abordoou Pedro e respondeu-lhe em tom de raiva: "Chibo, porque é que fizeste isso?, não tinhas a necessidade de contar nada a ninguém!! (nota: o Pedro não contou, foi o professor que descobriu)
Pedro ficou a pensar durante o dia todo sobre o que António lhe dissera, tentando perceber se fizera bem em não contar ou se fizera bem.


Pergunta : O António tem toda a culpa do que fez, mas e o Pedro? Deveria ter contado ao professor e assim seria tudo justo ou não podia quebrar a sua amizade com António e mantinha o bico calado?

domingo, 19 de outubro de 2008

A capacidade do nosso cérebro!


O nosso cérebro é doido !!!

De aorcdo cmo uma peqsiusa

de uma uinrvesriddae ignlsea,

não ipomtra em qaul odrem as

Lteras de uma plravaa etãso,

a úncia csioa iprotmatne é que

a piremria e útmlia Lteras etejasm

no lgaur crteo. O rseto pdoe ser

uma bçguana ttaol, que vcoê

anida pdoe ler sem pobrlmea.

Itso é poqrue nós não lmeos

cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa

cmoo um tdoo.



(Fixa os teus olhos no texto abaixo e deixa que a tua mente leia corretamente o que está escrito):



35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

sábado, 11 de outubro de 2008

Aquelas sextas á noite

"Está combinado!" - respondeu ele. "Sexta á noite temos uma noite para ver um filme e poker."

Mal podia esperar. Apetecia-me encontrar com amigos e ver um filme, conversar, e jogar poker numa daquelas sextas á noite em que o trabalho (agora pouco) e as preocupações são postas á parte.

Sexta á tarde. Ficava cada vez mais impaciente pela hora em que iamos pintar a manta. Não posso dizer que a tarde desse dia não fosse giro. Pelo contrário: a tarde foi visitar uma caravela (esta não assim tanto emocionante), ir ao McDonald's (pior) e visitar o estádio do benfica , receber DVD's do benfica, autógrafos do David Luiz.




Vimos a Victória (a águia), pisámos o relvado (não era suposto, shhhh) e eu descobri que o meu professor de E.F. do 1º ano tornou-se num dos directores todos "xpto" do benfica. (UAU).

Enfim, a tarde foi passando e acabámos por ir a casa do Tomás (assim era o nome do anfitrião de "Sextá á noite"). Com muitos risos e parvoíces espalhados, vimos o "300" e jogámos "Guitar Hero", que basicamente é tocar numa guitarra de plástico!, outros jogos e por fim o poker.




Não sei como descrevê-lo. Foi BRUTAL!. Ou BRILHANTE, ou algo do género. Para além que nos divertíamos a jogar poker á séria (com a pequena excepção de ser com grão e feijões) como acabámos para depois das 5:45 da MANHÃ!!! Ou seja no dia seguinte quase que tive um "breakdown". E para além de mais, o dia seguinte, tive a fazer uma caminhada. "E tudo isto com sono?" : Não! Eu não tinha a menor pinga de sono, (ok, só um bocadinho muito pequenino) logo sentia-me estranho, pois sabia que tinha que dormir mas não queria. (brilhantemente espantoso!)







Enfim, só mais uma daquelas "sextas á noite..."

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Novidades

Estava a conversar com um amigo sobre coisas que não interessam literalmente a ninguém. Ele falava e eu dizia que sim e fazia gestos e palavras de maneira a parecer que eu estava activo na conversa. "LOL", "pois é!", "claro", "sim, sim" eram as respostas mais usadas.

Pois não é que eu encontro um daqueles amigos que estavam conosco quando pela primeira vez descobrimos que o pai natal não existe (!). Começámo-nos os dois a rir e a "saudar-nos mutuamente". -"Então meu, como é que vais?" "Ah e tal"... Bom, o início das conversas que teêm muito que dizer.

"Então e novidades?" Fiquei a pensar. Claro que tinha novidades, até porque tinha montes de coisas que aconteceram só no último mês. Mas não era do que o que eu queria, não queria novidades como: "Olha, rasgei as minhas calças por isso pedi á minha avó para as coser" (!?). Respondi-lhe entao: " Sabes, agora que penso, não sei!". Ele ficou a olhar para mim com um ar "supersurpreendido". "How do you mean NOTHING?" " I mean NOTHING wasn't that that I just said?, NOTHING?"

É verdade, não tinha nada para lhe dizer... não sei como, pois ás vezes faço um tema de conversa no msn depois de ter dito tudo no telefone (?!). Tal como na conversa, agora não tenho muito que dizer, ou se tenho não é do que eu quero...

Separámo-nos e fomo-nos embora. Foi aí que eu pensei neste episódio de uma banda desenhada que eu lia ( e ás vezes por divertimento leio):






sábado, 4 de outubro de 2008

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Segredos

As vizinhas encostam os copos ás portas e ouvem-nos. São sussurados de modo a que ninguém oiça, e para que sejam guardados "para todo o sempre" dizem. Vêm de poucos sítios mas vão para todo o lado. "Telephone, telegraph, and Tell-a-women: the fastest ways to comunicate". Quando se diz um segredo, é quase obrigatório fazer um juramento para que aquela conversa não saia dali. "We'll take this to our grave". "Just don't say to anyone". "This never happened". Promessa após promessa, todas elas quebradas. Não prometam o que não podem cumprir.

Um segredo não é público

As vizinhas ouvem-nos...mal. E é assim que os boatos começam

Um segredo é como um tesouro, um tesouro escondido onde apenas tu sabes a sua locaização. O que fazes? Dizes a sua localização mas a quem? Ao teu amigo(a). As vizinhas são como ladrões pronto a roubar esse tesouro. Um tesouro composto por todo o tipo de jóias, ouro e rubis. Mas o verdadeiro diamante é o segredo da tragédia. Nenhum segredo compara-se áquele que é trágico. Não me perguntem porquê, só sei que é assim. Alguns foram feitos para serem mais que outros. Assim que são feitos tornam-se privados, mas não por muito tempo.

Ouvem-se sussuros.
Conseguem ouvi-los se souberem como escutá-los:

"Shhh, não digas a ninguém!"