quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

De mãos dadas

Vamos a percorrer o caminho. Está frio lá fora, e o meu corpo começa a ficar gélido. Vou pensando naquilo, e ao memo tempo abro e fecho a mão para tentar afastar o frio desta, sempre será algum lugar do meu corpo que não está congelado.



Num momento, enquanto abria a mão e preparava-me para a fechar outra vez, tu estendeste a tua, e com o toque subtil da tua palma da mão, o frio desaparecera, quase como se nunca tivesse existido. Riste-te. Também me ri, mas baixinho. Sabia o que era, e tu também. Já tinhamos comversado sobre isto e sabíamos perfeitamente sobre o que era.



Não posso mentir, o toque da tua mão soube-me mesmo bem...sentí-me vivo. Não queríamos mais que aquilo, isto era a única coisa que alguma vez iremos querer, e avançar para a frente era o que nenhum de nós queria, e ambos sabíamos disso.



Encosto a minha cabeça no teu ombro, e tu depressa retribuis.



Segredo-te, e tu ris-te. "Um segredo não é público"



Não digo mais nada, não é preciso...é preciso é sentir.

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