quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Balanço 2008

E pronto, já passou mais um ano...ou melhor, O primeiro ano deste blog. :D

Rapidamente passo a agradecer todos os (poucos) que lêem este blog, nem que uma vez por mês, e aquelas pessoas importantes.

Passo a citá-las:

(como é costume começar assim, também eu vou começar):

Pai e Mãe, por todas aquelas boleias e combinações mal feitas que, com uma chavena de café na mão, tentam calmamente resolver o assunto. Por todas aqueles pedidos concretizados: "Posso comer uma bulaxa"?

CaCao, por todas as ajudas no blog, no dia-a-dia, e por todos os berros de impaciência com o pequeno e inocente irmãozinho...

Joana, António e Nico, pelas tardes de sábado, na praia, no clube, e principalmente, no Santini!!!

Manalena e Bernardo, pelas conversas sinceras que me ajudaram, pela frase do Bernardo: "Precisas de levar porrada, puto", pelos desenhos da manalena que me inspiraram em certas coisas e, bom, por tudo o que não me lembro.

Manuel, por todos os cinemas, diversão e conversas de domingo á noite que ainda hoje me fazem rir (especialmente as parvoíces do Nico).

André (que teoricamente eu não conheço de lado nenhum), pelas maravilhosas inspirações de escrita, e pelas conversas de carro.

Juan, João Gonçalo, Tomás, Zé, Gomes, António, Manuel, Pedro(bom, a maior parte da minha turma), e ás vezes e sepre Gonçalo Santos pelas esúpidas parvoíces, gozos, "poqueres", rejeições,' fights', cinemas, e todos aqueles momentos que me fizeram rir e gozar.

Mariana Casaca, por todos os telefonemas e conversas.

João Mendes, Mariana Moreira, Cláudia Cruz, Pedro Monteiro, Manel Nunes pelas aventuras e tempos gastos...bem.

Maria Francisca, pelos espantosos gostos musicais mostrados.

Hugo, pelas bandas que me mostraste e me puseram gostos musicais mais...extensos(?!)

Falta-me alguém?

Obrigado na mesma.

De mãos dadas

Vamos a percorrer o caminho. Está frio lá fora, e o meu corpo começa a ficar gélido. Vou pensando naquilo, e ao memo tempo abro e fecho a mão para tentar afastar o frio desta, sempre será algum lugar do meu corpo que não está congelado.



Num momento, enquanto abria a mão e preparava-me para a fechar outra vez, tu estendeste a tua, e com o toque subtil da tua palma da mão, o frio desaparecera, quase como se nunca tivesse existido. Riste-te. Também me ri, mas baixinho. Sabia o que era, e tu também. Já tinhamos comversado sobre isto e sabíamos perfeitamente sobre o que era.



Não posso mentir, o toque da tua mão soube-me mesmo bem...sentí-me vivo. Não queríamos mais que aquilo, isto era a única coisa que alguma vez iremos querer, e avançar para a frente era o que nenhum de nós queria, e ambos sabíamos disso.



Encosto a minha cabeça no teu ombro, e tu depressa retribuis.



Segredo-te, e tu ris-te. "Um segredo não é público"



Não digo mais nada, não é preciso...é preciso é sentir.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

1ºDireito

Frio. Era o que sentía quando saía do carro. Todos os anos, na noite de Natal,a minha família juntava-se para trocar jantar, rir, e trocar presentes,e era para lá que eu me dirigia: para a casa feliz e quentinha do 1ºEsquerdo.

Quando subí, ajeitava o blaser que me servira de protecção contra o frio.

Chegara. Para cima de nós saltara o stout, o cão da família. Preto e velhinho, mas ainda com energia.

Como tinha de ser, antes de começarmos a jantar, começamos a ver o "Robbin Hood - Heróis em collans" do Steven Spielberg...bom, no fim todos concordámos que era o filme mais idiota que já tinhamos visto.

O jantar começou a meio do filme.. Peruzinho, arroz e batatas fritas. Sobremesa: o famoso 365, salada de frutas e não me lembro de mais nada...mas atenção, feitos na Bimby
"Luís, queres vir á missa de Schoenstat conosco?"

"Uh, não sei e tal....pode ser."

Acabei por ir, e não me arrependo. Uma das melhores missas a que já fui, apesar de não ser grande apreciador destas em geral. Tento-me lembrar daquela frase da homilia do padre que tanto gostei. Não me lembro. Talvez depois. O coro era lindo, isso digo-vos.

Cheguei lá outra vez. As pessoas já se preparavam para a tradição de tirar o sapatinho "para o menino Jesus ir lá pôr as prendas" como diz a tia Zezinha. E o que é que puseram no meu sapatinho: o que é habitual pôrem nos sapatinhos, ou seja,...MEIAS! Simplesmente, só isso, meias! E não preciso de mais.

Não me lembro do resto da noite.


Entretanto...

Feliz Natal!

sábado, 6 de dezembro de 2008

Mereço?

Aqui estou de novo...

Tento falar, escrever não o que digo mas o que sinto...Sim, não custumo ser muito poetico e profundo na vida lá fora...Mas como não estou lá fora, o que é que tenho a perder?

O que me leva á pergunta que paira dentro de mim, que não me larga!:

O que posso fazer para Te merecer, para Te compensar? O que é que, pondo tudo o resto á parte, faço para que Tu Fiques Orgulhoso de mim?

Já me têem dado papeis e tarefas para o advento (e obrigado CaCao!), mas isso chega? Isso chega para que Tu Saibas o quão humilde, triste e ao mesmo tempo contente me sinto quando ao pé de Ti? Não chega, e sei a resposta que Tu me Darias se estivesses aqui: "Vê bem dentro de ti... Pois tu mais que ninguém sabes a resposta"

Eu tento, mas sinto que preciso de Teu conselho...

Será que preciso de dar dinheiro aos pobres? Ser um S.Martinho? Ou coisas mais básicas, como não me envolver em lutas e respeitar o meu próximo?

Não sei, e sinto que mesmo que tente, vou sempre duvidar, pois a única altura que nunca duvido é quando És Tu que Dizes! E aí sim, vou poder dizer: "Nunca duvidei"!

Não sei ao certo...penso até que nunca saberei.

Mas mesmo depois das acções que fiz e vou fazer há a mesma pergunta, que não me sai, não me larga! Não sei e não consigo perceber!

Mesmo que eu faça tudo o que me for pedido,

Arraste céus comigo para alcançar os meus objectivos,

Derrote tempestades de Vaidade, Luxúria, Ira, Inveja, Perguiça, Avareza, e Gula,...

Mesmo assim...



Mereço?

Hallelujah



Não sei o que dizer...

Música base ao que Te pretendi (e pretendo) dizer, o que Te quero oferecer!

Não sei o que dizer...



Mas preciso de dizer alguma coisa mais?

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

"Tenho que Te compensar"

Tenho Damien Rice ligado...vou escrever um texto inspirado noutros sítios...e esses sítios percebem de onde vem esta inspiração.

Era Domingo, e era tarde, não sei ao certo as horas, sei simplesmente que era tarde. Estava a rezar um terço pelo pai de um professor meu, que é muito ligado á turma, mas desta vez esforçava-me para que rezasse concentradamente. Tenho a cama feita, a secretária organizada. Não tenho roupa suja no chão, e repousa um pouco de pão em cima da mesa-de-cabeceira. Junto a este, tenho um pacote de sumo. Era o meu lanche, mas já estava saciado... A luz do meu quarto iluminava-me por cima, e eu estava frente a Ele. Prostrava-me é frente do Seu crucifixo.

Rezava...

Mesmo após acabado o terço, rezava...

Pedia por tudo no mundo, para que a fome acabasse, para que a guerra acabasse, para que o meu próximo ficasse de boa saúde.

Rezava...

Agradecia pelo tecto que tenho, pela comida, pela educação pelo divertimento que tenho, e mesmo por coisas que não tinha agradecia, pois "Bem-aventurados são os pobres, porque deles é o reino dos céus"

Falava, e Tu escutavas-me. Ouvias, compreendias. Sabia que podia sempre contar Contigo, pois Tu Estás sempre lá, mesmo Traído pelos mais atrozes pecados.

Quando está frio, Tu Envolves-me. Quando estou com fome, Tu Sacias-me. E mais importante de tudo, quando eu peco, Tu Perdoas-me!

Humilde, Misericordioso, Perfeito; Tu Perdoas-me!

Mais que novas oportunidades nos Deste ao longo da nossa vida. E perdão após perdão, continuamos a pecar...e logo nos Perdoas outra vez.

E logo penso: "Obrigado. Pela criação, pela vida, pelo fruto e pelo pão. Por tudo."

Lembro-me daquela vez que bati num amigo. Humilde, de joelhos, confessei-me perante Ti. E não de joelhos mas prostrado, arrependido, confessei-me, e Tu estendendo a Tua mão, Branca, Pura, Tocaste o meu ombro, e me Disseste ao ouvido: "Estás perdoado". A Leveza inundou o meu corpo, e não me consegui conter e um sorriso abriu-se na minha cara.

Já não me vou confessar há algum tempo, e sinto-me pesado e triste.

Deste-me, desde que nasci, o meu anjo. Aquele que toca o meu ombro e me diz antes de eu fazer um mau acto: "Por favor, não o faças pois está errado". E não é que eu, quando no ínfimo do silêncio Te Oiço, a Susurrar, baixinho, só para mim: "Que a Paz esteja contigo". E de facto que está, pois nunca me Abandonaste, pois como pássaro mãe que trata os seus passarinhos com maior amor que existe na vida que qualquer outro, também Tu o fazes.



Quando é de noite, e não consigo ver o caminho, quando na floresta não vejo a minha cabana, quando na estrada estou perdido, Tu Guias-me e Mostras-me o caminho, o que me mostra o sentido da frase: "Uma Luz ao fundo do túnel".*O caminho vou seguir, atrás de ti*

E com tanta beleza, Misericórdia, Amor, Carinho e Compreensão que Tu nos Dás e mostras, agora percebo...:

..."Tenho que Te compensar!"...