terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Descrições

Estou na sala de aula. Já acabei o "Trabalho" que o professor mandou fazer, e não sei ao certo se devo fazer outro suplente ou se devo reponder ao professor: "não sabia que havia outro"...Enfim, já se vê...

Está de chuva lá fora, estão os mais novos a brincar, e está tudo silencioso na minha aula. Quer dizer, quase, ainda existem pequenas conversas que "supostamente" o professor não deveria ouvir, e que, são cortadas por este mesmo: "Cala-te Mário!"

Estou junto á janela, e confirmei a razão de o meu colégio se chamar Planalto: consigo a cidade de lá de cima, toda com pequenas janelinhas, com os seus telhados desenhados da mesma maneira, e com uma cor padrão, que são cortados pela grua horrenda que ninguém gosta de ver..........."No alto da montanha, pertinho lá do céu (...) aonde o rei viveu (...)"

Rompe agora das nuvens o sol, que bate na minha cara, dando a sensação de um aquecedor numa sala fria, que se liga e desliga sozinho.

Vejo a palmeira, agora sem cor, cujas folhas, humedecidas pela água , rebaixam-se dando um ar de solidão á árvore. Atrás desta tem uma coisa ainda pior: Consigo ver o gabinete do meu director! Reparo, para meu consolo, que ele não está lá.

Outra descoberta maravilhosa: també descubro por entre edifício escuros e entendiantes, um outro que me faz pensar. Penso na vida que tenho atrás das costas, nos amigos que formei, e nos amigos que deixei...penso em todas as felicidades, tristezas, reuniões e rejeições (bom, tudo o que indirectamente é 'preto e branco'), e tudo ao ver o Hospital Sta Maria, onde eu nasci.

Granizo...vejo-o cair á minha esquerda e a ressaltar no telhado, emitindo um barulho que me lembra de todas as tristezas que tive na minha vida, um barulho que corta a respiração da aula, um barulho que é focado com toda a minha atenção...

Agora parou de chov...não, afinal não...

Agora sim, definitivamente parou de chover, e não consigo conter o meu entusiasmo quendo vejo o Sol a aparecer por entre as nuvens cinzentas, escuras, grandes e compactas. A partir daí, so vejo céu limpo.

Vejo uma pomba branca no céu.

Olho para o Céu. Não paro de pensar sobre a mesma coisa de todos os dias, a mesma coisa que me faz viver! Sacudo a cabeça. Esse pensamento não me sai da cabeça (e sacudindo a cabeça consegues fazer isso?)...quanto mais tento não pensar, o pensamento torna-se mais rígido.

Mas para quê? " Se não consegues vençê-los, junta-te a eles". Neste caso, se não consegues parar de pensar, pensa com mais afinco.

O João siz a alto e bom som o seu pensamento do dia: "Se o casamento fosse um caminho, eu tomava um atalho!"

Risos.

E assim termina o meu dia.

Rindo

1 comentário:

Anónimo disse...

Gosto bastante dos teus textos :D
B